O vasto mundo do faroeste desponta em Red Dead Redemption

O bom e velho faroeste norte-americano raramente é abordado em grandes produções dentro do mundo dos videogames. São poucos o que arriscam utilizar as velhas pistolas, os cavalos velozes e os chapéus tradicionais em um jogo de peso. Red Dead Revolver, para PlayStation 2 e Xbox, foi criticado razoavelmente pela mídia e recebeu notas medianas, mas uma "continuação" do jogo está chegando aos consoles de última geração.

Red Dead Redemption será bastante diferente do primeiro game em uma série de quesitos. É claro, o faroeste continua mais forte do que nunca, mas a Rockstar pretende inovar no que diz respeito ao mundo aberto do jogo. Segundo as informações liberadas, o cenário é um dos maiores já vistos em um videogame.

De Liberty City ao Velho Oeste

Com o uso intenso da RAGE (Rockstar Advanced Game Engine), os desenvolvedores esperam criar ambientes imersivos o suficiente para cativar os fãs de faroeste. Ao mesmo tempo, a Rockstar está empregando tecnologias próprias combinadas com a Euphoria, da Natural Motion, para a simulação dos efeitos físicos.

Para um ambiente clássico, um personagem interessante. John Marston (e não Red Harlow, de Revolver) é um fora-da-lei que sossegou e não causa mais problemas à sociedade. Só que "alguns assuntos" do passado vêm à tona e forçam Marston a abandonar sua famíliaa e sua casa. O resultado? Uma vida selvagem com muitas corridas a cavalo, pancadarias em trens e caçadas.

A tecnologia bélica está crescendo no mundo de Red Dead Redemption, dividido em três grandes seções. Inicialmente, o gamer se aventura pelas planícies do território chamado Frontier (fronteira), recheado com cidades variadas e paisagens tranquilas. Seguindo a linha principal da história, o jogador chega ao México e depois às regiões do norte. Com o progresso, novos locais serão desbloqueados de forma semelhante ao que ocorre em certos títulos da série GTA.

Tudo, é claro, com base na virada do século 20. Quanto à jogabilidade de Redemption, nada de inovador. O game é de ação em perspectiva em terceira pessoa, sendo que haverá a possibilidade de equipar uma boa variedade de pistolas, rifles, escopetas e outros itens (que tal uma lanterna a querosene?).

De forma contrária ao antecessor do game, somente um personagem — Marston — será controlado. Ainda assim, o modo Deadeye ainda constará no novo jogo, fazendo com que o protagonista se mova mais lentamente para uma maior precisão dos disparos. Gradativamente, o jogador conseguirá explorar cada vez mais esse modo até chegar a um ponto em que vários inimigos sucumbam à velocidade do personagem.

A regeneração de Marston será passiva, mas o personagem deverá evitar qualquer tipo de dano para se recuperar completamente. Sistema de cobertura? Com certeza, mas isso não será estritamente necessário, pois a Rockstar afirmou que as armas não serão extremamente precisas em prol de um realismo mais impactante.

Cavalos, brigas e muita diversão

De fato, o cavalo do jogador será essencial em certas situações. Além de combater em cima da montaria e utilizar o sistema Deadeye enquanto montado, o gamer terá a chance de passear com o equino pelos cenários liberados e enfrentar inimigos montados de maneira emocionante. Mérito para a Euphoria, que garante uma boa variedade de animações de morte dos oponentes.

Segundo algumas informações liberadas pelos desenvolvedores, haverá a possibilidade de até mesmo observar cenas hilariantes como as que retratam cavaleiros sendo arrastados pelas suas montarias por causa de pés presos aos estribos. Laçar objetos e/ou inimigos também será possível enquanto o personagem principal estiver montado.

Seja em cima do cavalo ou seja dentro de um trem, o protagonista passará por ciclos reais de dia/noite, bem como por mudanças climáticas dinâmicas. Tudo isso formará um conjunto muito interessante com a inteligência artificial que controla os personagens não-controlados pelo jogador (NPCs), pois haverá missões a serem finalizadas em horários específicos do dia ou da noite.